Foi numa época de outono,as folhas sobre o chão faziam parte do cenário.Era pra ser uma tarde como os outras,as crianças a correrem,as pessoas a passar sem perceber o encanto dos pássaros e eu no meu mesmo banco.Porem uma coisa mim chamou a atenção.Insegurança era a palavra que descrevia aquele menino com uma rosa na mao,parecendo tão jovem diante de mim.Do nada surgiu uma menina com um vestido azul da cor do céu, tampando por trás com as suas mãos os olhos do menino,uma brincadeira tão comum e tão sutil,ele reconheceu ela apenas pelo tato da mao.Quando ele se virou,ele soltou palavras com toda a sua força,tomando uma coragem que estava estampada em seu rosto.Por um minuto os dois ficaram se olhando sem dizer nenhuma palavra. O silencio foi quebrado com uma afirmativa que ela fez com o rosto abrindo um sorriso,ele lhe entregou a rosa, já murcha,ela segurou aquela rosa como se estivesse segurando o seu mundo,e se beijaram.Os meus olhos acabaram de ver mais um começo de uma paixão.
Uma certa menina todas as tarde se sentava no mesmo lugar,com um caderno e um lápis nas mãos,mas com o pensamento distante,bem distante daquelas folhas.Eu sabia que ela não estava ali por querer, se sim fugindo de uma coisa que não queria ver,ou sentir.Uma certa tarde,ela escreveu nas folhas em um ritmo mais acelerado,sem pausas para o pensamento, os olhos cheios de amargura,arrancou a folha e jogou ela de lado, se levantando dando uma olhada ao redor, e foi em uma caminhada em um tom decisivo.Eu como um curioso,fui ao encontro dessa folha amassada, entre as linhas tortas estava escrito um bilhete: Você partiu o meu coração,é melhor morrer do que se acabar aos poucos,adeus mundo.Passou na minha mente que aquela menina era mais uma alma que eu nunca mais veria.
Tantas historias já se passaram por esses olhos meus,algumas mim marcaram mais,convenço que nunca vou esquecer,porem outras ficaram na minha mente por apenas algumas horas.
Vários amores se passaram pela minha frente,alguns com um final bom,outros com um final trágico.Tantos sorrisos eu presenciei,quantas lagrimas eu percebi.Eu vi o mesmo amor,de maneiras diferentes.Dias atrás de dias eu na mesma praça,no mesmo lugar,imaginando o quanto o amor é profundo.Mas enquanto eu via a vida dos outros, a minha vida se passava, enquanto eu observava as pessoas amando, eu tinha medo do amor.E assim eu pedir a minha chance de fazer a minha historia, hoje eu mim conformo em contar as historias dos outros.Eu pedir o amor,por medo de errar e mim machucar.
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